Vivo incorpora 200 Renault Kangoo elétricos em sua frota
Furgão movido a bateria voltado para prestação de serviços será usado no transporte de técnicos e equipamentos nas operações da empresa
MÁRIO SÉRGIO VENDITTI
A frota nacional da companhia de telecomunicações Vivo é composta por 5.100 veículos com motorização flex, mas que circulam sempre com etanol no tanque desde 2021. Neste mês de dezembro, ela está ganhando o reforço de 200 unidades do Renault Kangoo E-Tech, modelo 100% elétrico.
O lote dos Kangoo movidos a bateria faz parte de uma parceria com a fabricante francesa, cujo contrato de locação dos veículos é de cinco anos. Inicialmente, os furgões serão usados para transportar técnicos e equipamentos nas operações nas cidades de São Paulo, Campinas (SP), Rio de Janeiro, Curitiba (PR) e também no Distrito Federal.
Não é a primeira vez que a Vivo faz a locação de automóveis elétricos da Renault. Em 2019, ela já havia alugado três unidades do Zoe para atividades administrativas. Com a iniciativa, a Vivo torna-se a pioneira entre as empresas do setor no País a eletrificar parte da sua frota.
“Desde 2018, toda a energia consumida pela Vivo provém de fontes 100% renováveis”, diz Caio Silveira Guimarães, diretor de patrimônio, logística e compras da Vivo. Ele conta que a meta global da Telefonica (da qual a Vivo pertence) é descarbonizar totalmente suas operações até 2040.
“A locação de carros elétricos e o abastecimento dos demais veículos da frota somente com etanol integram nossa estratégia de desenvolvimento sustentável. Além disso, temos 35 bicicletas elétricas para percorrer curtas distâncias”, diz Guimarães.
REDUÇÃO DE EMISSÕES.
Os reflexos dessas ações são evidentes. Só o uso do etanol contribuiu para a redução de 88% das emissões diretas nos últimos sete anos. A companhia deixou de despejar na atmosfera 5 mil toneladas por ano de dióxido de carbono (CO2).
A escolha do Kangoo E-Tech foi definida depois de uma análise minuciosa da Vivo sobre as demandas da empresa em suas operações de campo. “O espaço do carro atende às nossas necessidades para transportar profissionais, equipamentos e escadas, na programação diária de instalações e reparos”, explica o executivo.
“A Renault possui grande experiência no desenvolvimento, na fabricação e na comercialização de veículos elétricos”, acrescenta Alex Dias, diretor para vendas a empresas da Renault do Brasil. “Dessa forma, o Kangoo E-Tech oferece soluções a empresas que desejam atenuar o impacto ambiental, por meio da eletrificação da frota.”
Em média, o Kangoo E-Tech rodará 50 quilômetros por dia, nas tarefas da Vivo. Como a autonomia do furgão é de cerca de 300 quilômetros, a recarga da bateria acontecerá apenas uma vez por semana. “Estamos conversando com empresas especializadas em solução de recarga. Por enquanto, o reabastecimento é feito na rede localizada nas bases dos veículos e, quando necessário, em postos públicos”, destaca Guimarães.
CONSCIENTIZAÇÃO.
Quando a Vivo alugou os primeiros Renault Zoe, a infraestrutura de recarga ainda era uma barreira às empresas. Hoje, com a evolução do mercado de veículos totalmente elétricos, as estações para realimentar a bateria dos automóveis vêm se espalhando pelo País. “Com isso, consideramos aumentar cada vez mais nossa* frota de elétricos”, atesta.
Guimarães revela que a virada de chave da Vivo para se transformar em uma empresa com olhar cada vez mais sustentável aconteceu em 2015, quando medidas de impacto foram tomadas para reduzir o consumo de energia elétrica. O projeto da implementação de fontes 100% renováveis foi uma delas.
Assim como o aluguel dos 200 Renault Kangoo, todas as compras de equipamentos e aparelhos feitas pela empresa levam em consideração a otimização do consumo de energia. Depois de cinco anos de uso dos veículos, a Vivo fará a substituição dos carros, mas sempre optando pela propulsão elétrica.
“A nossa política ESG já faz parte da cultura da Vivo e dos 33 mil colaboradores do País, desde o momento da contratação”, garante Guimarães. Essa preocupação está também da porta da Vivo para fora, com o trabalho de conscientização da cadeia de valor da empresa. “Todos estão caminhando para o mesmo lado”, acentua.
Segundo o diretor, a Vivo quer ser um “agente de transformação” no processo de transição energética no Brasil. Para isso, ela adota outras ações importantes, como a logística reversa. “Visitamos os clientes, pegamos itens que seriam descartados, fazemos o recondicionamento e os colocamos em uso novamente. Isso evita a geração de lixo eletrônico”, ressalta.
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