Novas empresas aceleram flexibilização de regras
Com o aumento da concorrência, companhias passaram a oferecer seminovos e contratos com prazos menores
H.P.V.
A modalidade de assinatura tem atraído não apenas novos clientes, que valorizam mais o uso do que a propriedade, mas também novas empresas. Com isso, aumentaram as opções de modelos (incluindo seminovos) e prazos (mais curtos). É o caso da Awto, empresa fundada no Chile, em 2016, e que chegou a São Paulo no ano passado. Um dos diferenciais da empresa é o contrato de assinatura flexível, que pode ser feito por mês, batizado de AwtoMeses. Ele possibilita contratação de motos e veículos elétricos em planos mensal, trimestral e semestral – periodicidade menor do que a oferecida pela maioria das companhias que atuam no segmento, atualmente. Na maior parte dos casos, os contratos preveem planos de 12 a 48 meses.
A Awto informa ser possível cancelar o contrato, desde que respeitado um aviso prévio de 30 dias. A empresa também concede crédito no valor da assinatura, que pode ser empregado para uso da frota compartilhada, caso o cliente queira um veículo de outra categoria ou enquanto o seu carro estiver em manutenção.
A Awto tem, em São Paulo, uma frota de 500 unidades, e pretende ter 1.700 veículos até o fim do ano que vem. O plano de expansão para 2024 prevê chegar a Campinas, no interior de São Paulo, e Curitiba, no Paraná. A lista de opções tem veículos de quatro rodas – como o Jeep Renegade, o Chevrolet Onix Plus e o Kia Stonic (híbrido) – e também motos e scooters elétricas.
Entre as opções constantes no site da Awto, apenas o Renegade é zero-km, enquanto os demais são veículos seminovos. Outra característica é que todos os modelos são adesivados com a identificação da empresa. De acordo com a Awto, caso o cliente queira um veículo sem adesivos, há uma cobrança de R$ 1.900 pelo serviço para os contratos abaixo de seis meses. Acima desse prazo não há cobrança. A empresa afirma que não tem registro de rejeição, por parte dos clientes, quanto à identificação.
No caso das motos e scooters, a mensalidade parte de R$ 1.078, no plano semestral, com franquia de 1.000 quilômetros por mês. Para o Jeep Renegade, a parcela, no plano semestral, é de R$ 3.995, também com franquia de 1.000 quilômetros. No plano mensal, o SUV sai por R$ 4.439.
A Turbi é outra empresa que oferece assinatura de curta duração. A empresa tem planos de um mês a um ano. Para o Hyundai HB20, a mensalidade custa R$ 3.199,99, para 30 dias, com franquia de 1.500 quilômetros. Para o plano anual, as parcelas são de R$ 2.499,99. Segundo a empresa, os preços incluem película escurecida nos vidros e tag para pedágios e estacionamentos, entre outras facilidades.
AUMENTO DE PRAZO.
A Kinto – divisão de mobilidade da Toyota que completou três anos de atividade no Brasil – informa que detectou uma procura por contratos de assinatura por prazo mais dilatado. De acordo com Roger Armellini, diretor comercial da plataforma, de um ano para cá os clientes passaram a buscar períodos maiores em assinaturas de modelos zero-km, saindo de planos de um ou dois anos para contratos de três anos, por exemplo. “Isso revela que o consumidor está mais confiante para contratar esse tipo de serviço, já tem mais informações sobre como a modalidade funciona”, comenta Armellini, que também é diretor de mobilidade e transformação digital da Toyota para América Latina e Caribe.
Denominado Kinto One Personal, o programa de assinaturas da Toyota também passou a oferecer veículos seminovos. Nessa modalidade, os prazos são menores: 12 ou 24 meses. Para os novos, vai de um a quatro anos, com franquia de quilometragem de 800 a 1.500 quilômetros por mês. De acordo com a empresa, os clientes também contam com diárias flexíveis de outros carros da marca, além do modelo contratado.
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2023-12-06T08:00:00.0000000Z
2023-12-06T08:00:00.0000000Z
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