Agora SUV, Aircross tem bom custo benefício
Segundo modelo feito no Brasil da nova fase da Citroën, reposicionada como marca mais ‘popular’, terá versão de sete lugares e parte de R$ 109.990
THAIS VILLAÇA A JORNALISTA VIAJOU À BAHIA A CONVITE DA CITROËN
Citroën 4 All (para todos) é o novo conceito que visa deixar a marca francesa mais “popular”. Segundo carro dessa fase, o C3 Aircross é um SUV compacto com motor 1.0 turbo flexível de até 130 cv de potência e 20,4 mkgf de torque e câmbio automático CVT que simula sete marchas. O preço sugerido parte de R$ 109.990 para a versão de entrada, Feel, com cinco lugares.
Trata-se do SUV com motor turbo e câmbio automático mais barato do Brasil. Uma opção para sete pessoas chega no primeiro trimestre de 2024.
Feito em Porto Real (RJ) sobre a nova plataforma CMP, o C3 Aircross tem desenho similar ao do hatch. Na dianteira, destaca-se o conjunto óptico dividido e a grade que liga as luzes diurnas de LEDs com o “duplo chevron”.
O SUV mede 4,32 metros de comprimento, 1,80 m de altura e 1,72 m de largura. O entre-eixos, de 2,67 m, garante bom espaço. Já na versão para sete a área é menor, uma vez que a segunda fila de bancos é deslocada 10 cm para frente, para acomodar os assentos extras.
Ainda assim, há conforto na segunda fileira, o que não pode ser dito da terceira. Ali, o espaço é adequado apenas para crianças. O porta-malas tem ótimos 493 litros, desde que haja até cinco pessoas a bordo.
Boa também é a altura do solo, de 23,3 cm. Assim como os ângulos de entrada (23,8º) e de saída (32º), o que ajuda a encarar pisos deteriorados, lombadas e valetas, por exemplo.
De série, há itens como direção elétrica, ar-condicionado, três portas USB (duas atrás), volante multifuncional e multimídia com tela de 10 polegadas e conexão para Apple CarPlay e Android Auto sem fio. Por R$ 119.990, a versão Feel Pack acrescenta painel de instrumentos digital, rodas de liga leve de 16”, sensores de obstáculos e retrovisores elétricos, por exemplo.
Por R$ 129.990, a Shine, de topo, inclui revestimentos de “couro sintético”, câmera atrás, faróis de neblina e pintura em dois tons. Em todas, o acabamento é simples, com plásticos duros, mas as peças são bem encaixadas. Na versão para sete, as saídas do ar-condicionado ficam no teto.
EM MOVIMENTO. A posição de dirigir, alta, garante boa visão da via. Porém, não há mimos como partida por botão, freio de estacionamento eletrônico e chave presencial – aliás, a chave é (bem) simples.
O ajuste da suspensão é macio, mas sem ser muito mole, e filtra bem os impactos com imperfeições do piso. Porém, em curvas em alta velocidade a carroceria, com centro de gravidade mais alto, oscila um pouco.
Motor e câmbio (a despeito de o CVT focar o conforto, e não a esportividade) fazem uma união feliz. No geral, garantem fôlego para arrancadas e retomadas de velocidade.
Aos 120 km/h, surge um zunido na cabine. Possivelmente, isso tem a ver com o desenho da carroceria, que não favorece a passagem do vento. •
JORNAL DO CARRO
pt-br
2023-12-06T08:00:00.0000000Z
2023-12-06T08:00:00.0000000Z
https://digital.estadao.com.br/article/282321094776979
O Estado
