Aroma, textura, sabor: os melhores hambúrgueres de carne bovina
As sete marcas avaliadas por quatro especialistas também foram analisadas nos quesitos aspecto visual e suculência
DANIELLE NAGASE
Se você não tem o hábito de olhar os ingredientes dos produtos industrializados que compra no mercado, faço um convite: dê uma espiada na composição do hambúrguer que você costuma levar para casa. A depender da categoria, ele pode ter até três ingredientes – entre eles, carne e gordura bovina, e, por vezes, um antioxidante –, ou uma listagem com cerca de 25 itens em que entram (num hambúrguer de carne, detalhe) frango com pele, proteína de soja, fibra de colágeno, maltodextrina, estabilizantes, realçadores de sabor – e por aí vai.
De olho numa parcela de consumidores cada vez mais atenta ao que se coloca na mesa, marcas investem em hambúrgueres cuja receita se aproxima das versões artesanais. Além de serem preparados com carne 100% bovina, como consta nas embalagens, os discos também não levam tempero (nem sal).
A ideia é que você mesmo tempere a gosto, na hora do preparo. Já o preço, esse, sim, é salgado: com R$ 25, em média, dá para comprar dois desses hambúrgueres de carne 100% bovina ante 12 discos das opções mais populares.
Pegando carona nessa tendência, o Paladar realizou um teste às cegas para avaliar a qualidade desses hambúrgueres de “carne de verdade”. Um júri de peso, composto só por especialistas, foi recrutado para executar essa tarefa: o restaurateur Guilherme Mora, sócio do Osso e do Cór, ambos experts em carnes; a chef assadora Ligia Karazawa; o chef Márcio Silva, da hamburgueria Buzina; e a chef Priscila Deus, que acaba de deixar a cozinha do Pobre Juan para tocar o Chez Deus. A degustação ocorreu na segunda, 9, na sala secreta do restaurante Osso.
Tempero Servidos sem acompanhamentos, hambúrgueres só levam sal e pimenta-do-reino
Sete marcas, todas arrematadas em supermercados, foram avaliadas quanto ao aspecto visual, aroma, textura, sabor e suculência. Os hambúrgueres, preparados pelo chef Victor Cabanas, do próprio Osso, foram parar na frigideira (método mais corriqueiro em uma cozinha doméstica) ainda congelados, como mandam as instruções das embalagens. No tempero, apenas sal e pimenta-doreino. Ah, e eles foram servidos sem acompanhamentos, em sequência. “Até porque, com um bom queijo e molho, a maioria desses hambúrgueres fica gostosa”, ponderou Priscila. •
CULTURA & COMPORTAMENTO
pt-br
2023-10-26T07:00:00.0000000Z
2023-10-26T07:00:00.0000000Z
https://digital.estadao.com.br/article/282299619854698
O Estado
