Petrobras pede ao Ibama análise de 10 áreas para eólicas offshore
LUDMYLLA ROCHA, WILIAN MIRON, JORGE BARBOSA/SÃO PA ULO
A Petrobras protocolou no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) pedidos de estudos para a implantação de usinas eólicas offshore em dez áreas da costa brasileira. A iniciativa foi anunciada ontem pelo diretor-presidente da estatal, Jean Paul Prates em evento em São Paulo.
A experiência da Petrobras na extração de óleo e gás em alto-mar, segundo ele, pode ajudar no desenvolvimento dos projetos. Além disso, as áreas em que as usinas serão instaladas, segundo ele, são relativamente rasas, o que pode dar ao Brasil vantagens em relação aos custos de manutenção das unidades geradoras.
Prates disse que a estatal já “está pronta para desenvolver o seu negócio offshore”. O tempo necessário para os projetos entrarem em funcionamento é de cinco até oito anos.
O executivo lembrou que a companhia apoia a instalação de um dos maiores centros de pesquisa de eólicas offshore em Natal. “A Petrobras tornase a maior empresa com pedido protocolado junto ao Ibama”, disse.
MERCADO. De acordo com o gerente executivo de energia renovável da Petrobras, Daniel Pedroso, a estatal tem protocolado 23 GW (gigawatts) em projetos de geração eólica offshore.
A entrada no mercado de energia eólica offshore visa a atender o mercado independente. “Nós já passamos da fase da autoprodução. Isso é uma dimensão de projeto que é completamente diferente. Estamos falando aqui de um dos maiores projetos de geração de energia offshore do Brasil. Evidentemente é para gerar energia para o mercado”, afirmou.
Prates minimizou eventuais críticas à volta da empresa para a geração de energia, poucos anos após vender seus últimos ativos ao FIP Pirineus, em 2021. E destacou que, além de ganhos financeiros, os projetos devem trazer vantagens tecnológicas. •
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Estatal diz ter protocolado 23 GW para novos projetos de geração eólica em alto-mar
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2023-09-14T07:00:00.0000000Z
2023-09-14T07:00:00.0000000Z
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