A General Motors (GM) demitiu cerca de mil profissionais em todo o mundo, cortando custos enquanto tenta competir em um mercado automobilístico global lotado. Os trabalhadores, em sua maioria “de colarinho branco” (que exercem funções administrativas, burocráticas ou de gerenciamento), foram notificados sobre as decisões na sexta-feira.

A empresa confirmou as demissões em um comunicado, mas deu poucos detalhes. “Precisamos otimizar a velocidade e a excelência”, disse. “Isso inclui operar com eficiência, garantir que tenhamos a estrutura de equipe certa e focar em nossas prioridades.”

A GM e outras montadoras têm navegado em uma transição incerta para veículos elétricos, tanto nos EUA quanto no restante do mundo, tentando descobrir onde investir capital e com que rapidez a mudança ocorrerá. A empresa teve de desenvolver e atualizar modelos movidos a gasolina e, ao mesmo tempo, investir em fábricas de baterias e de montagem de veículos elétricos, bem como em minerais e outras peças para a próxima geração de veículos elétricos.

Até setembro, as vendas de novos veículos elétricos nos EUA no ano haviam aumentado 7,2%, para cerca de 936 mil, segundo o site Motorintelligence.com. É um crescimento mais lento do que o de 47% em 2023. Mas as vendas de elétricos neste ano provavelmente ultrapassarão o recorde do ano passado, de 1,19 milhão, e a participação de elétricos nas vendas de veículos novos este ano é de 7,9%, acima dos 7,6% de 2023.

CORTE DE CUSTOS. A GM tem cerca de 150 mil trabalhadores em todo o mundo, com o maior grupo em seu centro técnico em Warren, nos arredores de Detroit, no Estado do Michigan. A empresa tinha 76 mil funcionários de colarinho branco em todo o mundo no final do ano passado. O diretor financeiro Paul Jacobson disse, no mês passado, que a GM está no caminho certo para atingir sua meta de cortar US$ 2 bilhões em custos fixos até o final deste ano.

Em abril, a GM havia negociado com bônus a saída de 5 mil profissionais de ‘colarinho branco’

Em abril, cerca de 5 mil trabalhadores de colarinho branco aceitaram bônus para sair, em uma negociação que a GM considerou à época suficiente para evitar demissões.

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