Os números globais da creator economy são gigantes e o Brasil é um ótimo exemplo dessa força. Segundo estudo da Influencer Marketing Hub, criadores brasileiros têm a segunda maior fatia global em termos de volume de posts patrocinados – 14,5%, atrás somente dos Estados Unidos, com 22,7%. Em quantidade de criadores de conteúdo no Instagram, contudo, o Brasil está na frente, com mais de 3,8 milhões, 15,8% da participação global. E em outras plataformas, não fica fora do pódio.

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Criadores brasileiros têm 14,5% dos posts globais patrocinados e ficam atrás só dos EUA, com 22,7%

Em termos de investimentos publicitários no País, as marcas aplicaram mais de R$ 20 bilhões em social media em 2024, 53% de toda verba direcionada ao meio digital no ano passado, segundo dados de Kantar Ibope e IAB Brasil. Isso representa quase 10% do investimento em mídia social no mundo.

A WPP Media previu que o setor crescerá globalmente 20% em 2025, enquanto que o banco Goldman Sachs projetou receita de US$ 460 bilhões até 2027.

Apesar desses números expressivos, as marcas têm exigido mais segurança e profissionalismo na criação de projetos com criadores de conteúdos. A preocupação das marcas com maior segurança nesse ambiente decorre do crescimento de casos como falta de transparência em publis (conteúdos patrocinados), influenciadores que promovem produtos duvidosos, plataformas sociais flexíveis a conteúdos de baixa qualidade e planilhas compartilhadas na internet com relatos de assédio.

“O mercado precisará se organizar, reforçando suas políticas de Brand Safety, adotando critérios mais rígidos de análise para a escolha de influenciadores e modelos de contratação mais detalhados para se prevenir contra impactos negativos que antes eram moderados”, diz Michelle Almeida, sócia e diretora de operação da NetCos.

Pesquisa do YouPix com a Nielsen, realizada em fevereiro, mostrou que 42% dos consumidores não sentem confiança em usar produtos só porque um influenciador recomendou, ante 43% que consideram usar. •