O Estado de S. Paulo

Multi enfrentou processo longo

A Nestlé comprou a Garoto no início de 2002. O processo se tornou um dos mais longos do Cade e só chegou ao fim no meio deste ano. O caso foi marcado por reviravoltas. A operação foi inicialmente vetada pelo Cade dois anos após o anúncio . Na época, os julgamentos eram feitos após o negócio ter sido concretizado.

• SINAL... Na decisão que selou o fim do processo, em junho, todos os conselheiros do Cade decidiram pela reapreciação do ato de concentração, aprovando a operação, desde que a Nestlé cumpra um acordo negociado junto à autarquia.

• ...VERDE. Uma das cláusulas estabelece a não aquisição de ativos de terceiros (como marcas, conjunto de marcas ou empresas) que representem conjuntamente participação de mercado, medida pelo faturamento

no ano anterior a cada operação, igual ou superior a 5% do mercado relevante nacional de chocolates sob todas as formas, por cinco anos.

• REMODELAGEM. Atenta a ocupar espaços no varejo de móveis e decoração, a MadeiraMadeira está investindo na consolidação de sua marca, por meio da remodelagem de suas 80 lojas físicas, ampliação da grade de produtos e especialização dos polos moveleiros para vendas online. A companhia tem entre seus investidores os fundos especializados em empresas nascentes Softbank, Kaszek e a Dynamo.

• DIVERSIFICAR. A MadeiraMadeira surgiu no mercado com uma proposta de produtos para construção em madeira, focou em móveis, expandiu para modulados seguindo o conceito de “monte você mesmo” da rede alemã Ikea e para decoração e serviços para casa. Hoje já tem um marca própria a CabeCasa, que responde por 95% das vendas.

• E CONSOLIDAR. Agora a ideia é consolidar os movimentos feitos nos últimos anos para atingir de forma mais eficiente seu público digital e ganhar participação de mercado. Entre as ferramentas para chegar lá estão as lojas físicas, onde a proposta não é concorrer em produtos que estão na plataforma online, mas permitir aos clientes montar seus projetos e fazer a venda de produtos como estofados e colhões.

• ’NOVA MIAMI’. A consultoria imobiliária CBRE criou um braço de negócios para atender brasileiros que procuram investir em imóveis comerciais na Europa, bem como para europeus interessados em fazer o caminho inverso. A decisão foi tomada depois de a consultoria notar um fluxo crescente de investimentos brasileiros na Península Ibérica.

• PRÓXIMO DESTINO. Tradicionalmente, os investimentos do gênero são mais direcionados para a Flórida, nos Estados Unidos, mas, hoje, já se vê uma diversificação, conta o executivo português Miguel Moraes Palmeiro, que ficará à frente da nova divisão de negócios da CBRE.

• EM ALTA. Pelas contas da CBRE, os aportes daqui para essa região europeia passaram de ¤ 300 milhões em uma década. O cálculo considera apenas imóveis investidos para fins de se obter renda com aluguel. Não entram aí as aquisições de moradias para o próprio uso. A primeira onda de investimentos de brasileiros na Europa começou a ser vista nos idos de 2008 e 2009, quando famílias ricas foram se mudando para lá. O fluxo ganhou corpo a partir de 2012, quando Portugal passou a oferecer permissões de residência para quem comprasse imóveis.

ECONOMIA&NEGÓCIOS

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2023-12-06T08:00:00.0000000Z

2023-12-06T08:00:00.0000000Z

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