Covid acentuou crise de mão de obra na Boeing
• L.D.
Em maio de 2018 a Boeing e a Embraer anunciaram uma “parceria estratégica” para acelerar o crescimento de ambas no mercado de aviação comercial. Enquanto negociava a compra de parte da Embraer, a Boeing queria rejuvenescer seu time de engenheiros atraindo profissionais brasileiros.
O problema da falta de mão de obra qualificada na companhia americana era conhecido no mercado e se acentuou após a pandemia de covid, quando parte dos seus profissionais se aposentou e outros, após receber auxílio financeiro e se acostumar ao trabalho remoto, não quiseram voltar aos padrões pré-pandemia.
Foi a crise no setor aéreo em razão da pandemia também que fez a Boeing desistir do negócio com Embraer. Na ação, a Embraer diz apoiar a livre concorrência, mas que a cooptação de profissionais altamente qualificados coloca em risco a sobrevivência das empresas do setor no País e, sobretudo, ameaça as capacidades da defesa brasileira e a soberania nacional. “A ação judicial ajuizada busca, portanto, proteger uma indústria vital para o interesse nacional, que é estritamente regulamentada em muitos países”, diz a Embraer, que espera que a “Boeing interrompa o processo de atração e contratação sistemática de engenheiros de empresas que fazem parte da Base Industrial de Defesa (BID) do País”.
A Boeing disse em nota ter orgulho dos mais de 90 anos de parceria com o Brasil no fomento à inovação aeroespacial, sustentabilidade e segurança. “Esperamos continuar contribuindo com a indústria aeroespacial no Brasil.”
ECONOMIA&NEGÓCIOS
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2023-12-06T08:00:00.0000000Z
2023-12-06T08:00:00.0000000Z
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