O Estado de S. Paulo

Fenômeno causa morte em massa de espécies

Algumas das primeiras pesquisas sobre mortalidade em massa associadas a ondas de calor marinhas vieram do Mediterrâneo, que vem se aquecendo de 3 a 5 vezes mais rápido do que os oceanos em geral. Joaquim Garrabou, ecologista do Instituto de Ciências do Mar em Barcelona, passou a estudar esses eventos após testemunhar a mortandade de esponjas e corais em 1999.

Ele e outros cientistas acreditavam que, com as mudanças climáticas, essas situações se repetiriam. “Ter esses eventos de mortalidade em massa é o novo normal, em vez de algo ‘infrequente’, como deveria ser”, disse.

Em 2012, uma onda de calor marinho no Golfo do Maine fez com que a população de camarão-do-norte passasse da estimativa de 27,25 bilhões em 2010 para 2,8 bilhões dois anos depois, segundo a Comissão de Pesca Marinha dos Estados Atlânticos. Uma pesquisa apontou que lulas-de-barbatana-longa, atraídas para o norte pelas águas mais quentes, estavam comendo o camarão, cuja população estimada, em 2023, caiu para 200 milhões. •

METRÓPOLE

pt-br

2025-06-12T07:00:00.0000000Z

2025-06-12T07:00:00.0000000Z

https://digital.estadao.com.br/article/281938843872663

O Estado