Em conversa com o pré-candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse ontem que o vencedor das eleições será empossado em sessão do Congresso, no dia 1.º de janeiro de 2023. Pacheco afirmou não haver risco de ruptura institucional e garantiu que, como presidente do Congresso, não aceitará qualquer tentativa de tumultuar a posse do eleito.

O presidente do Senado recebeu Lula, o pré-candidato a vice na chapa, Geraldo Alckmin (PSB), e 13 senadores de partidos aliados para um almoço na residência oficial do Senado. O encontro durou duas horas e meia.

Parte da conversa tratou da possibilidade de o presidente Jair Bolsonaro (PL) tentar dar um golpe, caso não seja reeleito. Bolsonaro tem lançado suspeitas sobre as urnas eletrônicas, sem apresentar provas, e mais de uma vez chegou a dizer que pode não reconhecer o resultado do pleito.

REELEIÇÃO. A reunião serviu para Pacheco conhecer pessoalmente Lula. Embora todos os convidados tenham dito que não se tratou ali das eleições no Congresso, marcadas para fevereiro de 2023, sabe-se que Pacheco quer disputar novo mandato ao comando do Senado. Nos bastidores, ele avalia que Lula tem mais chances de vencer a disputa com Bolsonaro e espera o apoio do PT para ser reconduzido ao cargo. “Foi conversa institucional”, disse o senador Jean Paul Prates (PT-RN). •