O Estado de S. Paulo

Menos telas, mais saúde para crianças e adolescentes

A redução do uso de telas e uma retomada do contato com a natureza podem proporcionar uma vida mais saudável

O uso excessivo de telas por parte dos pequenos é uma preocupação dos dias atuais de inúmeros pais – e até já incentivou a criação de movimentos que defendem o ato de desconectar e de adiar o acesso de crianças e adolescentes a smartphones, tablets, notebooks, videogames e redes sociais. E a constatação de que esse uso precoce e prolongado pode afetar a saúde dos pequenos é feita também por médicos e especialistas de diversas áreas. A exposição prolongada pode ter impactos físicos, trazendo problemas de visão, dores em diversas partes do corpo, como ombro, pescoço, cabeça, costas – e também afetar a saúde emocional, com quadros de mais ansiedade e irritabilidade, por exemplo.

A retomada do contato com a natureza, com brincadeiras ao ar livre, atividades em contato com o verde com amigos e família, é indicada como um caminho para uma vida mais saudável. “A atividade física ao ar livre eleva a endorfina, combate o sedentarismo e os efeitos negativos do uso excessivo de telas, que prejudica essas interações e afeta o desenvolvimento emocional, cognitivo e imunológico das crianças”, afirma a pediatra Denise Lellis, autora do livro Primordial - Um Livro Pela Infância em seu Pleno Potencial: Nutrição, Comportamento e Estilo de Vida em Pediatria.

É por isso que os parques urbanos são considerados verdadeiros aliados na saúde das crianças. E um desses espaços é o Parque Jardim das Perdizes. Localizado na zona oeste da capital paulista, o espaço conta com 45 mil m² de área verde, pista de corrida, ciclovia, playground, equipamentos de ginástica, bebedouros para pets e obras de arte. E é a esse espaço que a empreendedora Daniela Ruelli leva os filhos, Henrique, 9, e Isabela, 3, para brincar ao menos uma vez por semana. “A Isabela ainda não tem contato com dispositivos digitais, enquanto o Henrique utiliza apenas uma hora por dia. A redução do tempo de tela foi uma recomendação da pediatra”, conta. “Tenho muita preocupação com o desenvolvimento deles, pois o uso excessivo de dispositivos eletrônicos faz mal e ainda gera ansiedade e estresse. Prefiro que eles tenham essa troca com a natureza e melhorem a parte emocional para se relacionar bem com outras crianças”, diz.

E os benefícios de estar em contato com a natureza são fundamentais para o desenvolvimento infantil e um crescimento saudável. A exposição ao sol aumenta, por exemplo, a imunidade, melhora a saúde dos olhos e facilita a conversão de vitamina D, essencial para a saúde óssea. Preocupadas com esse cenário, entidades médicas como a Sociedade Brasileira de Pediatra (SBP) vêm lançando campanhas que não só alertam para os prejuízos à saúde causados pelo excesso de smartphones, notebooks, videogames como ressaltam os benefícios de brincar ao ar livre.

E o fato de estar vivendo em um local que é um oásis em meio à agitação urbana impacta positivamente também os adultos. O projeto do Jardim das Perdizes, idealizado pela Tecnisa, criou um verdadeiro ecossistema, em um conceito bairro-parque-moradia, bem no coração da cidade. “O Jardim das Perdizes é um exemplo claro do nosso compromisso em criar ambientes que proporcionem qualidade de vida e sustentabilidade. Uma recente pesquisa de satisfação mostrou que 95% dos moradores estão felizes com o bairro, ressaltando o impacto positivo que ele tem em suas vidas”, explica Fernando Tadeu Perez, presidente da Tecnisa. “Estamos extremamente orgulhosos de ver os feedbacks em relação ao bairro. Nosso objetivo é continuar desenvolvendo soluções que realmente façam a diferença na vida das pessoas”, diz ele.

O Jardim das Perdizes é um exemplo claro do nosso compromisso em criar ambientes que proporcionem qualidade de vida e sustentabilidade” Fernando Tadeu Perez, presidente da Tecnisa

PRIMEIRA PÁGINA

pt-br

2024-08-22T07:00:00.0000000Z

2024-08-22T07:00:00.0000000Z

https://digital.estadao.com.br/article/281633900567728

O Estado