O Estado de S. Paulo

Comércio exterior

Meta de R$ 1 trilhão

Muito bom o artigo de Celso Ming no Estadão de domingo (3/12, B2), sobre as três providências que o País precisa tomar para chegar a 2030 com um movimento de comércio exterior de US$ 1 trilhão: regras claras do jogo, acordos comerciais e consistência macroeconômica. Lamentável nesse sentido a desistência, em 30 de maio deste ano, da acessão do Brasil ao Acordo Internacional de Compras Governamentais (GPA, na sigla em inglês) da Organização Mundial do Comércio (OMC). O acesso ao clube do GPA, cuja formalização do interesse do Brasil começou em maio de 2020 e foi concluída em junho de 2022, teria ajudado a aumentar a competitividade nas licitações nacionais e aberto espaço para empresas brasileiras em negócios públicos globais, num mercado estimado em US$ 1,5 trilhão. Ainda teria servido de incentivo para promover a integridade e a governança nas contratações públicas locais, pelo comprometimento significativo de recursos atualmente dedicados a contratações feitas sem licitações. A adesão ao GPA permitiria o acesso de empresas brasileiras ao mercado global das contratações públicas, contribuindo em muito para atingir a meta anunciada no dia 28/11 em Riad, no encerramento da Mesa Redonda Brasil-Arábia Saudita. Será que ainda não há tempo para reconsiderar essa decisão equivocada?

John Ferençz McNaughton

john@mcnaughton.com.br São Paulo

O ESTADO DE S. PAULO

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2023-12-06T08:00:00.0000000Z

2023-12-06T08:00:00.0000000Z

https://digital.estadao.com.br/article/281595245303955

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