Embora comande três ministérios no governo (Comunicações, Integração Nacional e Turismo), o União Brasil tem outros planos para 2026 e não pretende apoiar a provável candidatura à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para a disputa presidencial, dois nomes circulam com força nos bastidores do partido: os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Ronaldo Caiado (União-GO). Em conversas reservadas, dirigentes do União afirmam que preferem um nome da oposição em 2026. Caso Lula saia candidato e seja reeleito, dizem, bastaria negociar o apoio ao novo governo por meio de entrega de votos no Congresso – exatamente como aconteceu no início deste ano.

• PREFERÊNCIA. Se o governador Tarcísio de Freitas disputar o Palácio do Planalto, líderes de peso do União Brasil vão defender uma aliança. O ex-ministro da Infraestrutura de Jair Bolsonaro, porém, costuma dizer a aliados que prefere tentar a reeleição.

• DA CASA. Uma pesquisa interna que aponta boa avaliação de Caiado em Goiás deu ânimo à ideia de lançá-lo à Presidência. Os defensores dizem que impulsionaria a legenda e evitaria fissuras internas já no primeiro turno. Em 2022, o União Brasil teve candidatura própria a presidente, a senadora Soraya Thronicke, hoje no Podemos.

• SONHO ANTIGO. Ronaldo Caiado não pode disputar a reeleição em Goiás e desde 1989 – quando foi candidato à Presidência – manifesta o desejo de ocupar a cadeira no Palácio do Planalto. O governador de Goiás tem sido um opositor de primeira hora à política econômica do governo Lula.

• PÉ NA AREIA. O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), não vai comparecer ao ato que será promovido pelo presidente Lula no dia 8 de janeiro de 2024, para marcar o “aniversário” de um ano dos atos golpistas que tomaram Brasília. O Palácio do Planalto já foi avisado de que Ibaneis estará em férias e não pretende mudar seus planos.

• IMPULSO. Com o resultado das votações do Congresso neste ano, a Frente Parlamentar Brasil Competitivo concluiu que o País encerra2023commaiorcapacidade de competir no ambiente de negócios. Um dos motivos é a promulgação da reforma tributária.

• NÚMEROS. A Frente, que tem quase 200 deputados e senadores, acompanhou 92 projetos. Quinze viraram lei e 7 foram votados pelo menos em uma das Casas do Congresso. O grupo cobra, agora, a análise das 70 matérias restantes.

• ACERVO. A obra do fotojornalista Orlando Brito que conta os bastidores do poder em Brasília, do período da ditadura militar até a Nova República, foi incorporada ao acervo do Instituto Moreira Salles. O conjunto tem mais de 400 mil peças, que vão de fotos e prêmios a equipamentos.

• HISTÓRIA. Brito, morto em 2022, registrou de perto a rotina dos governantes, por quase seis décadas ininterruptas. Entre as imagens históricas, estão a do fechamento do Congresso Nacional, em 1977, e famoso retrato de Ulysses Guimarães na rampa do Congresso Nacional em 1992.