O Estado de S. Paulo

• G-7 fala em vacinas e clima

Em primeira reunião ao vivo desde início da pandemia, líderes também falam em agir em favor do clima

Os líderes do G-7 afirmaram desejo de acabar com a pandemia de covid-19, por meio da distribuição de vacinas, e de agir em favor do clima. A cúpula foi marcada por uma dinâmica voltada ao multilateralismo.

Os líderes do G-7 afirmaram ontem em um comunicado seu desejo de acabar com a pandemia de covid-19 por meio da distribuição de vacinas e de agir em favor do clima, durante a cúpula marcada por uma nova dinâmica a favor do multilateralismo e com advertências à China e à Rússia.

O encontro de três dias na Cornualha (sudoeste da Inglaterra), marcou a volta dos contatos diretos entre os líderes das principais potências – Reino Unido, EUA, França, Alemanha, Itália, Japão e Canadá – após meses de videoconferências.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, saudou uma “cúpula extremamente colaborativa e produtiva”. Diante dos apelos à solidariedade que se multiplicaram nos últimos meses, eles concordaram em distribuir um bilhão de doses de vacinas anticovid até o final de 2022 para compensar o atraso da imunização nos países pobres e promover uma recuperação mais rápida e igualitária.

“Os líderes estão comprometidos com mais de um bilhão de doses”, financiando-as ou por meio do dispositivo de compartilhamento Covax, afirmou o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, o que eleva para 2 bilhões de doses o total do compromisso firmado desde o início da crise sanitária. “Eu sei que o mundo conta conosco para rejeitar o egoísmo e as abordagens nacionalistas” que marcaram a resposta à pandemia, disse Johnson. “Espero estarmos à altura da tarefa.” Segundo ONGS, são necessários pelo menos 11 bilhões de doses para acabar com a pandemia.

Para contra-atacar as “Novas Rotas da Seda” chinesas e reduzir a influência da China em várias partes do mundo, o G-7 lançou um vasto plano de infraestruturas com projetos sobre o clima, saúde, tecnologia digital e luta contra as desigualdades, a fim de ajudar os países pobres a se recuperarem da pandemia.

Será “muito mais justo” do que o programa chinês, garantiu o presidente Biden, assegurando que não busca o “conflito” com Pequim.

Com relação à emergência climática, os líderes do G-7 se pronunciaram por uma redução de cerca de metade de suas emissões de gases de efeito estufa até 2030, uma meta que alguns países pretendem superar.

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2021-06-14T07:00:00.0000000Z

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