O Estado de S. Paulo

Sem chuva, Cataratas do Iguaçu viram fios d’água

O maior conjunto de quedas d’água do mundo tinha ontem vazão média de 400 mil litros por segundo, pouco mais de um quarto do volume normal. Além de alterar a paisagem, a seca afeta a produção de energia.

/ VACY ÁLVARO, ESPECIAL PARA O ESTADÃO

• A falta de chuvas mudou o cenário das Cataratas do Iguaçu, em Foz do Iguaçu (PR). O maior conjunto de quedas d’água do mundo se transformou em pequenos filetes em meio aos imensos paredões do local. A vazão média registrada na terça-feira foi de 400 mil litros por segundo, o que representa pouco mais de um quarto do volume normal, conforme dados da Companhia Paranaense de Energia (Copel). Além de alterar a paisagem, a estiagem também vem prejudicando a produção de energia, já que o leito do Rio Iguaçu conta com seis usinas hidrelétricas ao longo de seu curso, que atravessa todo o Estado.

Em outro ponto de Foz do Iguaçu, na fronteira com Cidade de Leste (Paraguai), o Rio Paraná está 92,26 metros acima do nível do mar. Em períodos normais, a cota passa de 105 metros. Com a seca, a Ilha de Acaray, conhecida como Ilha das Cobras (localizada próximo à Ponte da Amizade) – que antes era cercada de água –, aparece agora isolada na paisagem, apenas rodeada por pequenas quantidades de água e grandes bancos de terra.

A economia, sobretudo o turismo, é outra “vítima” da estiagem. A empresa que opera passeios de barco no Parque Nacional do Iguaçu, por exemplo, teve de se reinventar para evitar a suspensão das suas atividades. O jeito foi promover um passeio alternativo com 20 minutos de navegação em trechos mais seguros.

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2021-06-16T07:00:00.0000000Z

2021-06-16T07:00:00.0000000Z

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