Um navio americano no Iêmen e bases militares na Síria e no Iraque foram atacados por drones. Em Gaza, Israel voltou a bombardear Khan Yunis, no sul do enclave palestino, perto de Rafah, onde brasileiros aguardam resgate. A região é onde militares israelenses aconselharam os palestinos a se refugiar.

O presidente dos EUA, Joe Biden, assumiu um risco político ao hipotecar seu apoio incondicional a Israel na quarta-feira, em visita ao premiê israelense, Binyamin Netanyahu. Ontem, os EUA sentiram o que muitos acreditam ser a primeira consequência de seu envolvimento na guerra. Um navio americano no Iêmen e duas bases militares, na Síria e no Iraque, foram atacados por drones.

Em Gaza, Israel voltou a bombardear ontem Khan Yunis, no sul do enclave, perto de Rafah, onde muitos brasileiros aguardam o resgate. A região é para onde os israelenses aconselharam os palestinos a se refugiar das bombas lançadas na Cidade de Gaza, no norte.

O Exército de Israel admite ser autor dos ataques, mas garante que o alvo são terroristas do Hamas que se escondem entre os civis. No sul do enclave, do lado egípcio da fronteira, mais de 200 caminhões com 3 mil toneladas de ajuda humanitária aguardam liberação para entrar em Gaza.

A Casa Branca confirmou ontem que 20 caminhões devem entrar hoje no território. O Egito, porém, fala em adiar a entrada até amanhã, porque ainda seriam necessários reparos na estrada que dá acesso a Gaza, destruída pelos bombardeios.

Embora o acordo tenha sido um avanço, o subsecretário da

ONU, Martin Griffiths, diz que seriam necessários 100 caminhões por dia para que o nível de ajuda volte ao mesmo patamar de antes da guerra.

ATAQUES. Enquanto os EUA coordenam com Egito e Israel a entrada de ajuda em Gaza, as tropas americanas entraram em prontidão no Oriente Médio. Ontem, o contratorpedeiro USS Carney foi atacado por duas dúzias de drones quando operava na costa do Iêmen. A embarcação interceptou três mísseis que haviam sido disparados, segundo o Pentágono, na direção de Israel.

No sul da Síria, dois drones dispararam contra a base de Al-Tanf, onde militares americanos treinam militantes para combater o Estado Islâmico. Um oficial dos EUA afirmou que uma aeronave foi derrubada, mas outra explodiu, causando pequenos ferimentos em soldados.

Ativistas da oposição síria também disseram ontem que um outro ataque com drones foi conduzido no leste do país, onde estão estacionadas tropas americanas. O Observatório

Sírio para os Direitos Humanos, que monitora a guerra civil, confirmou que cinco explosões foram registradas no campo de gás de Conoco.

No Iraque, dois drones atingiram a base de Al-Asad, no oeste do país, usada pelos EUA, e outro drone atacou uma base americana no norte iraquiano. O Comando Central dos EUA informou que alguns soldados ficaram feridos. Milícias iraquianas, apoiadas pelo Irã, seriam responsáveis pelas operações.

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse ontem às tropas para estarem prontas para entrar em Gaza, embora não tenha dito quando a invasão começaria. Em discurso à infantaria, ele pediu que os soldados

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou ontem que a guerra contra o Hamas será longa. “Esta é a guerra moderna contra os bárbaros, os piores do planeta. Será uma guerra longa”, disse Netanyahu, durante encontro com o premiê britânico, Rishi Sunak, que viajou para demonstrar apoio a Israel. “O Reino Unido e eu estamos com vocês”, respondeu Sunak.

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“ficassem de prontidão”. “Quem vê Gaza de longe, verá em breve de dentro”, disse.

BIDEN. Ontem, em Washington, Biden fez o seu segundo pronunciamento à nação em quase três anos de mandato. Em discurso, ele explicou o que está em jogo para os EUA em duas guerras, no Médio Oriente e na Ucrânia, antes de pedir ao Congresso mais dinheiro para israelenses e ucranianos.

“A liderança americana é o que mantém o mundo unido”, disse o presidente. “Hamas e Putin representam ameaças diferentes, mas têm isto em comum: ambos querem aniquilar completamente uma democracia vizinha.”

Invasão terrestre Ministro da Defesa de Israel avisou às tropas para estarem prontas para invadir Gaza

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