‘Estadão’ lança hoje a ‘Leia’, sua ferramenta de inteligência artificial
‘Estadão’ lança sua ferramenta de inteligência artificial: ‘Leia’
Sistema funciona como assistente de leitura e guia das informações publicadas pelo Estadão.
O principal assunto do mundo da tecnologia neste ano são os chatbots turbinados por inteligência artificial (IA), ferramentas capazes de gerar textos de maneira impressionante. Nesta quarta-feira, o Estadão avança nessa tecnologia e lança a Leia, IA que funciona como um assistente de leitura e um guia das informações publicadas pelo jornal. Para acessar, basta ir a leia.estadao.com.br (mais informações nesta página).
A Leia gera suas respostas com base no arquivo de conteúdos do Estadão, o que garante a qualidade das respostas e a diferencia de outras ferramentas do tipo, que se alimentam de textos disponíveis na internet. O treinamento com conteúdo específico do jornal reduz as chances de “alucinações”, fenômeno no qual sistemas de IA produzem respostas falsas ou que fogem ao bom senso.
“Estamos começando uma nova etapa no uso da tecnologia para continuar distribuindo ao público jornalismo de qualidade”, diz Francisco Mesquita Neto, diretor-presidente do Grupo Estado.
Embora tenham bases de dados diferentes, a Leia foi construída com a mesma tecnologia do ChatGPT – e funciona de maneira parecida. Por meio de uma janela no navegador, tanto do celular quanto do desktop, os leitores poderão fazer perguntas e obter respostas sobre temas que fazem parte da cobertura do jornal.
Outra característica da ferramenta é indicar as fontes para as suas respostas, o que permite ao leitor entender a origem da informação. Uma das principais críticas às primeiras gerações de chatbots inteligentes era a incapacidade de transparência na construção dos textos. A Leia também bloqueia perguntas para temas que possam colocar em risco a segurança e a vida das pessoas ou que proponham situações que sejam ilegais.
“É essencial lidar com preocupações éticas e de transparência.
Encontrar um equilíbrio entre a automação impulsionada pela IA e a supervisão editorial humana é fundamental para manter a integridade jornalística”, afirma Mesquita Neto.
CRIAÇÃO.
O desenvolvimento da Leia levou cinco meses, e é resultado da colaboração entre diferentes áreas do Estadão, como redação e tecnologia. “A
Leia tem como origem uma necessidade do usuário do Estadão: contextualizar e aprofundar algum conteúdo. Com a
Leia, o leitor recebe uma resposta personalizada para essa necessidade, com a segurança de que todas as informações apresentadas vêm da produção qualificada do próprio Estadão”, diz André Furlanetto, diretor de Estratégias Digitais do Estadão.
Inicialmente, a Leia responderá apenas sobre assuntos do
Link, editoria de tecnologia do jornal. Porém, esse é só o começo do projeto, que tem como objetivo ampliar os tipos de assunto cobertos pelo sistema para incluir todas as seções do jornal.
Assim como OpenAI e Google tratam seus assistentes como uma ferramenta experimental, que nem sempre pode gerar respostas precisas, a Leia também está sendo desenvolvida de maneira gradual para identificação e correção de eventuais erros e problemas. O novo serviço será exclusivo para assinantes do Estadão.
“A IA generativa causou um frenesi similar ao do lançamento da internet comercial. A grande diferença é que, agora, os veículos estão muito mais cientes do valor do que produzem. É exatamente isso que a
Leia entrega: a combinação entre a disrupção da IA generativa e o jornalismo de alta qualidade que é a marca do Estadão em quase 150 anos de história”, diz Leonardo Mendes, diretor de Redação do Estadão. •
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2023-10-25T07:00:00.0000000Z
2023-10-25T07:00:00.0000000Z
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O Estado
