O Estado de S. Paulo

Cármen vê ‘gravidade’ em denúncia que pede apuração de vazamento

IANDER PORCELLA E PEPITA ORTEGA

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, remeteu ontem à Procuradoria-geral da República, para manifestação, um pedido de investigação sobre o presidente Jair Bolsonaro por suspeita de vazamento da Operação Acesso Pago, que mira o gabinete paralelo no MEC. A magistrada destacou a “gravidade do quadro narrado” pelo deputado Israel Batista (PSB-DF) em notícia-crime apresentada à Corte.

Anteontem, a ministra já havia encaminhado à PGR uma petição do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) que solicita a apuração de eventuais crimes de tráfico de influência, advocacia administrativa, corrupção e organização criminosa.

Também ontem, a Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara aprovou convite para o ministro da Justiça, Anderson Torres, explicar a suspeita de interferência na investigação da PF. Torres não é obrigado a comparecer.

Em telefonema interceptado pela PF, o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro disse que foi alertado pelo presidente sobre “buscas” – nesse dia, Bolsonaro e Torres cumpriam agenda nos EUA. •

POLÍTICA

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2022-06-29T07:00:00.0000000Z

2022-06-29T07:00:00.0000000Z

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