O Estado de S. Paulo

Tecnologia contribui para segurança nas viagens rodoviárias

Buser adota recursos como telemetria e câmeras de fadiga para aumentar a segurança dos passageiros que utilizam a plataforma

Empresa de tecnologia nascida há cinco anos no ambiente digital, a Buser – maior plataforma de intermediação de viagens rodoviárias do Brasil – utiliza diversas inovações para aprimorar a qualidade dos serviços prestados e aumentar a segurança dos passageiros.

Um exemplo é a telemetria, que registra a velocidade do ônibus, em tempo real, ao longo de todo o trajeto. Se o veículo não respeita os limites, a empresa parceira de fretamento é multada pela própria Buser. Outra novidade é a câmera de fadiga, recurso que avalia automaticamente uma série de sinais que indicam cansaço do motorista – como bocejos ou variações no ritmo das piscadas –, além de coibir atitudes de risco, a exemplo de utilizar celular ao volante ou conversar olhando com frequência para o lado.

Diante de qualquer alerta identificado pelo sistema, há intervenção imediata da chamada central de monitoramento. Somando as equipes de segurança, risco, qualidade e experiência do cliente, essa estrutura envolve 160 profissionais, que se revezam no acompanhamento 24 horas por dia das viagens. Qualquer eventual problema, como uma parada inesperada, é imediatamente identificado, e providências são tomadas.

A telemetria está disponível em mais de 400 ônibus, que equivalem a cerca de 70% da frota parceira fixa, enquanto a câmera de fadiga já está presente em mais de 200 ônibus, um terço da frota fixa associada à Buser. Em ambos os casos, a meta é continuar expandindo rumo à cobertura total. “Importante lembrar que ambos os recursos são instalados pela Buser e não representam custos para a empresa de fretamento parceira”, ressalta Leonardo Soares, head de Segurança da Buser.

INFORMAÇÕES FALSAS

A Buser já está atuando em mais de 700 cidades, muitas das quais tinham apenas uma empresa exercendo monopólio, condição que muitas vezes favorece a oferta de serviços inadequados ou a utilização de frotas em más condições.

Recentemente, com base em dados da Polícia Rodoviária Federal, a empresa começou a mapear os pontos de maior risco nas rodovias, para que os cuidados sejam redobrados nesses trechos. “A soma dos dados que vamos coletando com todos esses mecanismos de acompanhamento é um manancial fundamental para assegurar cada vez mais segurança nas nossas viagens”, diz Soares.

Parte da disputa política e regulatória entre a Buser e as grandes viações tem sido a disseminação de notícias falsas. Uma dessas fake news é a tentativa de colocar as empresas de fretamento no mesmo patamar do transporte clandestino, quando não há nenhuma relação entre as duas práticas. As empresas de fretamento que operam pela plataforma são totalmente legalizadas e autorizadas pelas agências reguladoras, assim como as respectivas frotas, e os motoristas estão devidamente registrados junto a essas autoridades.

PROCEDIMENTOS E PROTOCOLOS

A Buser recorreu à Lei de Acesso à Informação para obter dados que desmascaram outra falácia: a de que viagens realizadas por empresas de fretamento envolvem mais riscos para os passageiros. Números oficiais da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) evidenciam justamente o inverso: são as viações tradicionais as responsáveis pela maior parte dos acidentes rodoviários registrados no País.

Em todo o ano passado, os ônibus de linha, aqueles que partem das rodoviárias, apresentaram a média de 83,36 acidentes para cada 10 mil veículos, enquanto no fretamento essa proporção é 15 vezes menor, de 5,63 acidentes para cada 10 mil veículos. E não se trata de qualquer distorção causada pela escala: há 8.397 ônibus registrados na ANTT fazendo viagens partindo das rodoviárias, enquanto os ônibus de fretamento, que não podem usar esses locais para embarque ou desembarque, somam mais que o dobro, 19.539. Os dados das frotas são de abril de 2021, último número público disponível.

“Fomos atrás desses números apenas para rebater algo que é dito sem fundamento, mas não queremos valorizar essa comparação. O importante é criar procedimentos e protocolos para a segurança viária como um todo”, ressalta Leonardo Soares.

JORNAL DO CARRO

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2022-05-25T07:00:00.0000000Z

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