O Estado de S. Paulo

Processos

Amanda Graciano @amandagraciano.com CONSELHEIRA NA WISHE WOMEN CAPITAL E PROFESSORA CONVIDADA NA FUNDAÇÃO DOM CABRAL

Nos últimos anos, não foi incomum ouvir sobre transformação digital, digitalização das empresas, startups, 5G, inovação aberta e outras coisas.

Na prática, foi um momento para trazer os termos do mundo da tecnologia para o dia a dia de todos os negócios na maioria dos segmentos da economia.

Esse movimento nas empresas passou e passa por alguns momentos. Vou ousar descrever algumas destas fases aqui.

A primeira destas fases é a discussão. É preciso conversar sobre o tema, quais as práticas e os exemplos. Quais os motivos para uma empresa buscar inovar ou iniciar uma jornada de transformação digital? Quais os impactos diretos e indiretos nos negócios?

Essa fase é muito importante, pois é neste momento que começa o estudo da empresa sobre o tema e o olhar para os concorrentes muda. Existe ainda fomento à curiosidade e é bem comum descobrirmos que existe muita coisa acontecendo fora do radar, e que deveríamos nos organizar para não nos perdermos nas grandes novidades do mercado.

Um segundo momento é a fase do “como”. Após entender o mercado e o que está acontecendo, vem o momento de identificar as implicações e motivos. É a etapa de entender quais as melhores ferramentas, formatos, e segmentos da economia.

É muitas vezes uma conversa sobre como começar e o que está ao nosso alcance, bem como quais são os bons parceiros para termos por perto. É momento de falarmos de metas e de certa forma tangibilizar os aprendizados da fase anterior de forma prática.

Nas empresas, a terceira fase é sobre executar e adaptar os negócios para esse processo. E a adaptação é feita em todos os sentidos, pois acesso e conectividade podem não ser realidade das nossas empresas e, aí, é preciso trabalhar para viabilizar os processos independentemente do departamento. A cultura da organização pode não estar preparada e, nesse sentido, teremos de criar um ambiente mais propício para conversa e execução.

Existe um quarto movimento que, na prática, é criar uma rotina de incluir na estratégia da empresa um olhar para a inovação e para os objetivos de transformação implícitos aos negócios e à economia. É quase como ter todas essas fases executadas como parte crucial e importante para a sobrevivência nesse mercado cheio de mudanças.

Na minha experiência profissional, a inovação é um elemento de execução. A discussão teórica é superimportante, mas não é o elemento principal deste movimento. •

A implementação de tecnologia na rotina dos negócios passa por quatro fases distintas

INOVAÇÃO | IDEIAS & EMPREENDEDORISMO

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2022-05-25T07:00:00.0000000Z

2022-05-25T07:00:00.0000000Z

https://digital.estadao.com.br/article/282153589899446

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