O Estado de S. Paulo

Aceleradora do Vale do Silício alerta startups para encarar ‘pior cenário’

Diante da incerteza do mercado financeiro em 2022, as startups já começam a sentir o impacto da desaceleração de investimentos por parte dos fundos – o cenário de aumento de juros e a crise que se segue após a pandemia têm desestabilizado as contas de empresas do mundo inteiro. Para a Y Combinator, aceleradora do Vale do Silício, o momento é de se preparar para o pior cenário possível.

De acordo com uma carta enviada a seus empreendedores, a Y Combinator aconselhou que as startups de seu portfólio reavaliem suas finanças e que fiquem prontas para cortar gastos. A medida, de acordo com a aceleradora, é uma forma de prever até 24 meses sem investimentos.

A aceleradora informou que recebeu questionamentos nos últimos dias de um grande número de empresas sobre possíveis mudanças em seus planos de gastos, dado o cenário mais desafiador.

A Y Combinator respondeu que os fundadores devem aproveitar a oportunidade para mudar o planejamento. Entre as sugestões feitas na carta, estão buscar um nível de sobrevivência por 12 meses com o capital atual e aceitar rodadas de investimento potencialmente menores enquanto elas ainda estão ativas.

BRASIL. Os sinais dessa crise no setor de inovação já apareceram no Brasil. Nos últimos meses, unicórnios (empresas com valor superior a US$ 1 bilhão) como Quintoandar, Loft e Facily, além de grandes empresas como Zak e Liv Up, já cortaram parte do quadro de funcionários. Nesta semana, a Olist, de comércio eletrônico, engrossou essa lista e demitiu mais de 100 funcionários. •

ECONOMIA & NEGÓCIOS

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2022-05-25T07:00:00.0000000Z

2022-05-25T07:00:00.0000000Z

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