Com passagem por companhias com ambientes muito masculinos, Cristina Betts, hoje diretora executiva do Iguatemi, chegou a ouvir como suposto elogio que era “one of the guys” (um dos caras). “Na época, eu dava risada. Isso era considerado o maior elogio. Hoje em dia é impensável alguém falar isso. Mas o mundo mudou. A mentalidade também. Ainda bem.”

No banco em que trabalhou no início dos anos 1990, não havia nem cinco mulheres em sua equipe. Para a executiva, o cenário está mudando, e uma das ferramentas para essa transformação é manter o debate sobre diversidade como central nas companhias. “É um processo. Se pegássemos um recorte de dez anos atrás, a participação feminina em cargos de liderança era muito pior. Nem falávamos disso antes.”

O Iguatemi fará neste ano um levantamento de como está em relação aos temas ESG (sigla em inglês para as questões ambientais, sociais e de governança). A partir disso, deve anunciar ações para avançar nessas áreas. Antes da pandemia, já havia criado um comitê de equidade. •