O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, recebeu ontem em seu gabinete o ex-senador americano Christopher Dodd, enviado pelo presidente dos EUA, Joe Biden, para convidálo para a 9.ª Cúpula das Américas, marcada para os dias 6 e 10 em Los Angeles.

Como mostrou o Estadão/broadcast no dia 18, os EUA têm ampliado os esforços para convencer Bolsonaro a participar da cúpula. Mas, até o momento, o presidente resiste a ir ao evento promovido por Biden – com quem ele coleciona trocas de farpas, sobretudo quando o assunto é a preservação do meio ambiente.

A recepção a Dodd, também responsável por convencer o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, a comparecer à cúpula, não constou da agenda oficial de Bolsonaro.

A principal resistência de Bolsonaro para ir ao encontro multilateral, segundo fontes do governo, é seu foco em questões nacionais – incluindo sua campanha à reeleição. Ele não vê sentido em sair do País por quatro dias para encontrar Biden, de quem é distante politicamente.

Bolsonaro apoiou publicamente a reeleição do ex-presidente americano Donald Trump, derrotado nas urnas. O Itamaraty confirmou a presença da delegação brasileira em Los Angeles, sem citar Bolsonaro. •