O Estado de S. Paulo

Rússia e China fazem exercício militar durante visita de Biden à Ásia

A China e a Rússia realizaram ontem seu primeiro exercício militar conjunto desde a invasão da Ucrânia. Os dois países enviaram bombardeiros para os mares do nordeste da Ásia como uma demonstração de força, enquanto o presidente dos EUA, Joe Biden, visitava a região.

O governo americano acompanhou de perto o exercício militar, disse um alto funcionário da Casa Branca, enquanto Biden se reunia em Tóquio com os líderes de Austrália, Japão e Índia, nações parceiras da chamada coalizão Quad, formada em parte para combater o poder chinês na região do Indo-pacífico.

A atividade militar foi um sinal de que a parceria entre China e Rússia não enfraqueceu, mesmo a guerra na Ucrânia chegando ao terceiro mês com milhares de mortes de civis.

PRESSÃO. Os bombardeiros sobrevoaram o Mar do Japão e continuaram para o sul, em direção ao Mar da China Oriental e ao Mar das Filipinas, de acordo com uma autoridade dos EUA, que falou sob condição de anonimato ao New York Times.

A Coreia do Sul emitiu um comunicado confirmando o exercício militar, dizendo que duas aeronaves chinesas e quatro aviões de guerra russos entraram em sua zona de defesa aérea, embora sem invadir seu espaço aéreo. O governo do Japão disse que protestou, por meio de canais diplomáticos, depois que os aviões voaram perto de seu território. China e Rússia já haviam realizado patrulhas parecidas em 2019, 2020 e 2021, mas na segunda metade do ano. Exercícios conjuntos envolvendo bombardeiros estratégicos são complexos e, normalmente, planejados com bastante antecedência. “Isso mostra que a China continua disposta a se alinhar com a Rússia, até mesmo por meio da cooperação militar”, disse o funcionário americano. •

Exercícios conjuntos com bombardeiros são complexos e planejados com antecedência

INTERNACIONAL

pt-br

2022-05-25T07:00:00.0000000Z

2022-05-25T07:00:00.0000000Z

https://digital.estadao.com.br/article/281831467352246

O Estado