O que é recomendado
Estimular o raciocínio é só uma das possibilidades de prevenção do Alzheimer e outras desordens. Veja a seguir as principais recomendações apontadas pelos especialistas consultados pelo Estadão:
• Cuide da audição:
A perda auditiva ao longo da vida pode ser um fator de risco para o desenvolvimento de demências, afirma a psiquiatra Claudia Suemoto, do Hospital das Clínicas. “Se você não escuta bem, recebe menos inputs, que são estímulos para o cérebro.” Por isso, ela recomenda cuidados com a saúde auditiva, como o uso de proteção no caso de exposição a ruídos contínuos e altos decibéis. Ao notar redução da audição, é indicado fazer um check-up e, se necessário, usar aparelho auditivo para escutar bem.
• Abandone vícios:
Bebidas alcoólicas, tabagismo e drogas podem causar Alzheimer, assim como agravar os sintomas de quem já tem a doença, afirma Fabricio Ferreira de Oliveira, neurologista da Unifesp. “O ideal, para quem já teve a doença diagnosticada, é não consumir álcool e cigarro”, diz.
• Proteja a cabeça:
Traumatismos cranianos podem ser causadores de demências, enfrentadas por muitos lutadores de boxe ou jogadores de futebol americano – ou pessoas que sofreram acidentes de carro, por exemplo. Proteja a cabeça de impactos e use capacete se for andar de skate, patins ou bicicleta.
• Faça exercícios físicos:
Mexer o corpo ao longo de toda a vida é uma das recomendações. O neurologista Oliveira recomenda atividades mais aeróbicas, que ajudam a levar para o cérebro oxigênio e nutrientes, como natação, ciclismo, corrida e caminhada. A psiquiatra Claudia acrescenta que os exercícios que demandam resistência muscular com movimentos feitos com carga, pesos e elásticos também são importantes para evitar demências.
• Fique atento à pressão:
A hipertensão arterial, ao longo da vida, é danosa para a saúde, inclusive a do cérebro. No relatório de 2020 da The Lancet, que divulgou os fatores de riscos para a demência, o medicamento para hipertensão é considerado o único preventivo conhecido para a demência. Quem já tem Alzheimer, porém, deve manter a pressão um pouco mais alta, esclarece Oliveira. “O idoso e o paciente com Alzheimer não devem manter a pressão baixa. Deve ficar em torno de 14 por 9, pois a pressão baixa pode levar à queda na circulação sanguínea do cérebro.” Também é preciso ficar atento a outros parâmetros como o colesterol, o triglicérides e a glicemia, além de evitar a obesidade. As pessoas que estão obesas na meia-idade correm risco maior de desenvolver Alzheimer mais tarde, diz.
BEM-ESTAR
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2022-02-12T08:00:00.0000000Z
2022-02-12T08:00:00.0000000Z
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