Contando com mulher, filhos, amigos, assessores, repórteres e fotógrafos, nem a primeira fileira do teatro da Livraria Cultura, na Avenida Paulista, foi preenchida na noite de autógrafos do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ), ontem.

O emedebista veio à capital paulista para um evento de divulgação de seu livro Tchau, Querida”, em que narra bastidores do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Apesar de não encher nem uma livraria para autógrafos, o deputado cassado disse ter planos para 2022.

Alvo da Lava Jato, o emedebista comemorou os reveses da operação que levaram à anulação de processos a que responde e foi ácido ao falar do exjuiz federal Sérgio Moro – que o condenou por corrupção e lavagem de dinheiro. “Torço muito para que ele seja candidato”, disse. “Porque aí a máscara dele vai cair. Porque é uma operação política que ele comandou.”

Para Cunha, não há motivos para alijar o presidente Jair Bolsonaro do cargo. “Não teria autorizado, porque não vejo crime de responsabilidade. O processo de impeachment é político, mas é jurídico também.”