O Estado de S. Paulo

Streaming cult

MURILO BUSOLIN @MURILOBUSOLIN, NO INSTAGRAM ✽ É JORNALISTA E CONSOME CULTURA POP DESDE QUE SE ENTENDE POR GENTE

Inicio este texto com um singelo pedido de desculpas, pois sim, vou indicar mais uma plataforma de streaming para você testar e assinar. Garanto que essa vale (muito) a pena. Conheci a Mubi pela indicação de um amigo cinéfilo e decidi assinar antes mesmo de o período de teste acabar. Lançado em 2020, o serviço foi idealizado para os verdadeiros apaixonados por clássicos do cinema e produções contemporâneas. A diferença da Mubi para os já populares Amazon Prime Video, HBO Max, Netflix e afins é seu catálogo diferenciado e a maneira como ele é apresentado para seus assinantes.

Mais enxuto do que a concorrência, os filmes, curtas e documentários que entram e saem da plataforma são escolhidos a dedo. Sim, assim como é na lei da vida, nada fica para sempre à disposição na Mubi. Todo dia um título entra e outro sai, e os nomes são selecionados com a consultoria de 110 especialistas.

Sabe aqueles filmes aclamados pela crítica que estreiam com antecedência em renomados festivais? Todos passam pela plataforma antes de sua distribuição mundial. Os longas considerados cults, que você encontraria apenas em raras locadoras de videocassete (e dificilmente estariam disponíveis em uma gigante do streaming), chegam primeiro à Mubi e, principalmente, os filmes que não são viabilizados no circuito de exibição nacional.

O acervo é renovado diariamente com o propósito de instigar o assinante a promover debates sobre as produções. São várias divisões dentro da Mubi. Atualmente, os destaques são: Festival em foco – Festival de Locarno; Obras-primas dos anos 1990/1980/ 1970/1960; Cinema LGTBQia+; Visionários; Cinema Novo Brasileiro; e outros.

A assinatura mensal custa R$ 27,90. O plano anual tem desconto de 39% no pagamento único (R$ 202,80). Estudantes pagam R$ 16,90. Há um período de teste grátis por 7 dias. Aproveite!

Suzane von Richthofen em dose dupla.

Com muito atraso e dois anos de uma pandemia que impediu o lançamento nos cinemas, os aguardados filmes A Menina Que Matou os Pais e O Menino Que Matou Meus Pais, que contam versões diferentes de um dos crimes que mais repercutiram em território nacional, chegaram na sexta, 24, à Amazon Prime Video.

O primeiro narra o relato de Suzane von Richthofen, condenada por assassinar os pais em 2006. O segundo espelha o lado de Daniel Cravinhos, ex-namorado de Suzane, também condenado pela morte de Manfred Albert von Richthofen e Marísia von Richthofen. Carla Diaz e Leonardo Bittencourt são os protagonistas do pretensioso formato duplo. É necessário pontuar que um filme completa o outro – não dá para escolher apenas um lado. As narrativas foram construídas para serem consumidas em conjunto. Basta ter paciência e tempo.

Especial

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2021-09-26T07:00:00.0000000Z

2021-09-26T07:00:00.0000000Z

https://digital.estadao.com.br/article/282411287468238

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