O Estado de S. Paulo

Fórum dos Leitores

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• Crise energética

A cautela da Petrobrás

Uma vergonha a pressão do Operador Nacional do Sistema (ONS) para que a Petrobrás mantivesse ligada uma usina térmica que necessitava de importante manutenção. Ele não seria o responsável se houvesse um desastre, que poderia ter enorme dimensão. O pedido em si é uma aberração e vai contra o princípio da precaução, fundamental para a gestão da segurança. Onde está o Ministério Público nesta hora? Há de haver salvaguardas para os gestores das operações diante dessas ingerências, e punição aos que levianamente tomam decisões técnicas sem serem competentes. Cumprimento a Petrobrás pela atitude.

MICHEL POLITY MPOLITY@GMAIL.COM

SÃO PAULO

• Inflação

A volta do mundo infernal Noticiou o Estado que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) avançou 1,14% em setembro e, no acumulado de 12 meses, temos a volta da inflação de dois dígitos (10%). Assim um governo belicoso e desastrado lançou por terra o mais profícuo e inteligente plano de controle da inflação implantado no Brasil há 27 anos. A atual geração não faz ideia da tortura que é correr a um supermercado ou banco para adquirir mercadorias a granel ou para garantir a correção monetária. Neste charco lodoso se embrenham os menos favorecidos, aumentando a desigualdade social, que o G-20, do qual o Brasil faz parte, procura reduzir após a triste pandemia de covid-19. E com ela não se erija um pretexto de força maior para encobrir a inépcia governamental crônica, todos os dias disfarçada por manobras diversionistas no cercadinho do Alvorada.

AMADEU ROBERTO GARRIDO DE PAULA AMADEUGARRIDOADV@UOL.COM.BR SÃO PAULO

• Eleição 2022

A mesma moeda

Um ano nos separa da mais importante das eleições, na qual, segundo as mais recentes pesquisas de intenção de voto, a polarização entre dois concorrentes nos levará à terrível consequência de termos o atual presidente reeleito ou a volta do “mais honesto” de todos os desonestos. Um é candidato da direita, o outro se diz e se faz de esquerda. A diferença entre eles é apenas esta, porque o paradoxo dos paradoxos é que ambos são demagogos e mitômanos. Olham-se no espelho e vislumbram a mesma imagem distorcida e irreal. Consideram-se predestinados e que, sem eles, o mundo seria um caos. Prometem o paraíso, e entregam o inferno. São as duas faces de uma mesma moeda falsa.

RENATO OTTO ORTLEPP RENATOTTO@HOTMAIL.COM

SÃO PAULO

Intenção de voto

Eu me pergunto como ainda cerca de 23% de nós, brasileiros, ainda apoiam a boçalidade e a ignorância? Como apoiar um governo que nos faz passar vergonha diante do mundo e que nos torna objeto de chacota? FERNANDO PIRRO FPIRRO@UOL.COM.BR

SÃO PAULO

Fora do eixo

Dá para atestar que um país saiu do eixo quando seus jovens defendem democracia e os idosos pregam revolução. A ordem natural das coisas é justamente o contrário, mas o Brasil atravessou a linha do exótico para o surreal já faz alguns anos. Neste momento, testemunhamos talvez o ápice deste processo tenebroso e turbulento, que nos desnorteia, adoece e enlouquece diuturnamente. Atravessar uma pandemia em pleno governo Bolsonaro é prova de fogo para a sanidade mental de qualquer ser humano e, sem dúvida, é o mais duro teste da nossa democracia. Acredito que, se superarmos este tempo trevoso, teremos grandes chances de encontrar um destino virtuoso. Mas não será com este capitalismo selvagem defendido por Paulo Guedes nem com o vale-tudo das fake news. Enquanto medirmos nosso progresso pelos números diários e volúveis da Bolsa, estaremos condenados à desigualdade socioeconômica. É inacreditável que metade da população – ou seja, mais de 100 milhões de pessoas – ainda continue sem saneamento básico, por exemplo. A miséria e a pobreza são nosso maior flagelo. E não será o discurso de ódio que semeará um futuro melhor. Na eleição de 2022, é fundamental que ao menos no segundo turno todas as forças democráticas se unam para soterrar as falanges do atraso representadas na figura de Jair Bolsonaro, já que o Congresso Nacional abdica de sua responsabilidade diante de um presidente criminoso.

SANDRO FERREIRA SANDROFERREIRA94@HOTMAIL.COM PONTA GROSSA (PR)

• Pandemia ‘Encurtou’

A covid apenas “encurtou vidas por alguns dias ou semanas”, segundo Jair Bolsonaro. Por sua vez, Bolsonaro encurtou a decência na Presidência, encurtou o salário dos ex-funcionários fantasmas da sua família por meio das rachadinhas, encurtou a vergonha fomentando a semvergonhice do Centrão, encurtou a democracia insuflando o golpismo e encurtou o orçamento das famílias brasileiras com a volta da inflação. Só falta o Brasil reagir e encurtar seu mandato por meio do impeachment. TÚLLIO MARCO SOARES CARVALHO TULLIOCARVALHO.ADVOCACIA@GMAIL.COM BELO HORIZONTE

Primeira-dama vacinada Fiquei contente de saber que Michelle Bolsonaro se vacinou contra a covid, pois isso incentiva as pessoas ainda duvidosas a darem este passo em favor da vida e da superação da pandemia. Não nos cabe julgar por que ela se vacinou nos EUA, e não no Brasil, mas, como os casos de covid voltaram a explodir nos EUA, foi de fato uma decisão prudente.

SILVIA R. P. ALMEIDA SILVIA_ALMEIDA7@HOTMAIL.COM SÃO PAULO

Pizza não

Não acho que houve a intenção da primeira-dama de desfazer da vacinação no Brasil. Só acho que ela não estava com vontade de comer pizza em Nova York. JOSÉ CARLOS JCPICARRA2019@GMAIL.COM

SÃO PAULO

Notas E Informações

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2021-09-26T07:00:00.0000000Z

2021-09-26T07:00:00.0000000Z

https://digital.estadao.com.br/article/281655373224142

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