O Estado de S. Paulo

Novidades no cardápio do Santana Bar

•✽ GILBERTO AMENDOLA ESCREVE ÀS QUINTAS; BIT.LY/BALCAODOGIBA ✽ É JORNALISTA, ENTUSIASTA DA COQUETELARIA E BOM DE COPO

Olá, amigos! Todos bem? Viram que o presidente francês Emmanuel Macron determinou que apenas vacinados podem frequentar bares? Depois do anúncio, 1, 7 milhão de franceses correram para se vacinar.

Olha lá, Brasil! Fica a dica. Mas o Balcão de hoje visitou um dos melhores bares de São Paulo, o Santana Bar.

A casa, que tem o premiado bartender Gabriel Santana na linha de frente, acaba de incluir algumas novidades em sua carta de coquetéis.

Para começar, a pedida é o Madaleine – um milk punch em que a pera é aproveitada em sua totalidade (também vai suco de limão e canela). O aproveitamento total da fruta repete um clássico da casa, o Moringa.

No caso deste último, a fruta em questão é a goiaba.

O Madaleine vem reforçar a preocupação da casa com a sustentabilidade e aponta para o futuro inevitável da coquetelaria. Além disso, é outro ótimo exemplar de coquetel clarificado (modalidade que tem se espalhado pelos bares de São Paulo).

O próximo drinque traz outra característica importante da coquetelaria do Gabriel Santana: a diversão.

Desde os tempos do Benzina (bar na Vila Madalena que não existe mais), Santana segue na missão de “tirar o terno da coquetelaria”. Ou seja, transformá-la em algo acessível, democrático e até brincalhão – mas sem descuidar da qualidade.

Sabor de São João. Na nova carta, o coquetel que cumpre esse papel é o Junino. Como o próprio nome já diz, ele faz referências às festas juninas. Leva cachaça, licor de amendoim caseiro, cordial de pinhão caseiro e uma espécie de fumaça de canjica (algo muito mais suave do que uma espuma, por exemplo) preparada pelo próprio Santana. O coquetel vai te transportar direto para uma festa de São João – que, certamente, você também está com saudade.

Um dos preferidos deste blog foi o Banana Daiquiri – que leva rum Zacapa 23 (ou Havana Club), limão-tahiti, licor seco de banana e cachaça e xarope de banana com camomila. Para os fãs de daiquiri, essa é uma experiência obrigatória.

Mas para quem procura drinques mais robustos ou “sérios”, a carta tem duas opções certeiras. A primeira delas é uma versão do Blue Blazer (clássico de um dos pilares da história da coquetelaria, Jerry Thomas). O Blue Blazer leva uísque escocês, água quente, açúcar e casca de limão-siciliano Na versão de Santana, ele se transforma em Orange Blazer – e vem com bourbon, Cointreau, angustura de laranja e cordial caseiro de laranja. O fogo é um elemento fundamental em seu preparo e na suaa experiência.

O Orange Blazer oferece uma experiência dividida em etapas. A primeira delas é estética (vale atenção no preparo e performance do bartender). Depois, o drinque vai chegar quente e soltar seus aromas de laranja de forma contundente. Conforme o coquetel esfria, a percepção de sabor muda com ele também.

Por último, e que também pode ser uma ótima saideira, recomendo o IV Crowns. Um coquetel que remete aos clássicos encorpados (na linha que costumo chamar de “drinques para pensar”). O coquetel leva tudo o que você precisa para se sentir abraçado: uísque Talisker, conhaque, vermute seco com infusão de figo e vermute tinto.

Duas dicas: procure no cardápio os aperitivos (eles estão meio escondidos). Tente o Kiwizz (gim, mix de kiwi e espuma de nuts) e o Mexerica Fizz (bourbon, mexerica, cumaru, cacau e sauvignon blanc).

A outra é: experimente os Sazerac’s do Santana. Esse maravilhoso clássico de New Orleans é pleno nas mãos do Santana.

O Santana Bar fica na Rua Joaquim Antunes, 1026.

Especial

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2021-07-29T07:00:00.0000000Z

2021-07-29T07:00:00.0000000Z

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