O Estado de S. Paulo

Facebook dobra lucro, mas sinaliza freio no crescimento

Giovanna Wolf Guilherme Guerra

O Facebook dobrou o lucro durante o trimestre encerrado em junho, informou a companhia em balanço financeiro divulgado ontem. Os números saltaram de US$ 5,2 bilhões, no mesmo período de 2020, para US$ 10,4 bilhões – alta de 101%.

Apesar do crescimento, o Facebook sinalizou que pode apresentar desaceleração anual nos negócios durante o segundo semestre devido a possíveis distorções causadas pelo impacto da covid-19 em 2020.

O resultado motivou uma queda de quase 4% nos papéis da rede social após o fechamento do mercado, na Bolsa dos Estados Unidos.

A receita da empresa foi impulsionada pelos anúncios nas redes sociais do grupo, que é dono de Facebook, Messenger, Instagram e Whatsapp. No período, o faturamento somou US$ 29 bilhões, ante US$ 18,6 bilhões em igual trimestre de 2020 – analistas esperavam, em média, US$ 27,9 bilhões.

O Facebook também informou que houve crescimento na comparação anual de 7% no número de usuários diários ativos (que podem receber anúncios), totalizando 1,9 bilhão de contas. Em usuários ativos mensalmente, o número também saltou 7%, para 2,9 bilhões.

Olhando para frente, a companhia espera redução nos ganhos. “Ao ver o crescimento em uma comparação de dois anos para excluir o impacto da recuperação da pandemia, esperamos o crescimento da receita total desacelerar modestamente na segunda metade do ano, comparado ao crescimento no segundo trimestre de 2021”, disse a empresa, em nota.

No mês passado, o Facebook chegou à avaliação de US$ 1 trilhão. O feito foi atingido após a Justiça dos EUA rejeitar um processo antitruste contra a companhia. O caso gerava apreensão em investidores porque colocava em xeque as aquisições do Instagram e do Whatsapp, o que poderia caminhar para o desmembramento da empresa.

Economia | Negócios

pt-br

2021-07-29T07:00:00.0000000Z

2021-07-29T07:00:00.0000000Z

https://digital.estadao.com.br/article/282342567877806

O Estado