O Estado de S. Paulo

Seleção olímpica encara o Egito nas quartas de final

Equipe bate a Arábia Saudita, fica em primeiro no Grupo D e vê Richarlison assumir a artilharia da competição com cinco gols

O Brasil encontrou mais dificuldades do que o esperado, mas confirmou o favoritismo diante da Arábia Saudita, venceu por 3 a 1 e confirmou sua vaga no mata-mata dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Em Saitama, a seleção brasileira deslanchou no segundo tempo e chegou ao triunfo com gols de Matheus Cunha e outros dois de Richarlison, o novo artilheiro da competição. O adversário das quartas de final já está definido. É o Egito, que terminou em segundo lugar no Grupo C – o jogo será sábado, às 7h (horário de Brasília), de novo em Saitama.

Com isso, o Brasil avançou às quartas na liderança do Grupo D, com sete pontos, fruto de duas vitórias e um empate. Os árabes, que balançaram as redes com Al Amri, e mostraram coragem e organização, se despediram da Olimpíada sem pontuar e na lanterna da chave. O outro classificado do grupo foi a Costa do Marfim, que segurou um empate com a Alemanha e eliminou o time europeu, atual vice-campeão olímpico.

Embora não tenham feito uma grande apresentação, os brasileiros chegarão invictos e com moral para o mata-mata olímpico. Após o jogo, o técnico André Jardine fez um balanço da primeira fase a seleção olímpica. “Se analisar as três partidas que fizemos na primeira etapa, a gente percebe que a camisa por si só não joga. Seleções de menos tradição fizeram jogos tão duros como a Alemanha. Tivemos uma grande estreia contra o time mais tradicional. O segredo é respeitar a todos da mesma forma, estudar os adversários e focar muito na gente, no nosso espírito. Que prevaleça a seleção, independentemente do adversário”, disse.

Faro de gol. Em ótima fase, Richarlison assumiu a artilharia do torneio olímpico, com cinco gols. “Fico muito feliz de marcar gols, tenho de agradecer meus companheiros, que estão fazendo excelente trabalho, a bola está chegando redonda na frente. Estou aproveitando as oportunidades”, disse o atacante, que pediu liberação de seu clube, o Everton, para estar em Tóquio e assumiu a responsabilidade de jogar com a camisa 10.

“Estamos crescendo na competição e agora é mata-mata, temos de errar o menos possível para sair vitoriosos. Vamos focar nas quartas de final e nos próximos jogos”, resumiu Richarlison.

Ele também comentou sobre a inspiração em Ronaldo Fenômeno. A idolatria foi reforçada quando o atacante esteve em Yokohama para as duas partidas anteriores na Olimpíada. Naquele estádio, Ronaldo brilhou com dois gols na final da Copa de 2002 diante da Alemanha, último título mundial da seleção pentacampeã.

“Quando chegamos ao estádio em Yokohama, nos deparamos com as fotos dos gols dele com a Alemanha, é de arrepiar. O Ronaldo é nosso ídolo, do futebol brasileiro, e a gente tenta se inspirar ao máximo nele”, afirmou o artilheiro do torneio.

Matheus Cunha também estava feliz após a vitória sobre a Arábia Saudita. Foi dele o outro gol do time brasileiro, o primeiro que marcou nos Jogos Olímpicos depois de inúmeros tentativas, incluindo um pênalti desperdiçado contra a Alemanha na estreia da seleção.

“Conseguimos passar em primeiro e demonstrar bom futebol em alguns momentos. Algumas coisas deram muito certo, mas temos de nos ajudar mais, o grupo está com esse pensamento para chegar na próxima fase mais forte”, avaliou.

Fico muito feliz de marcar gols. A bola está chegando redonda na frente” Richarlison

ATACANTE DA SELEÇÃO

Toquio 2020

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2021-07-29T07:00:00.0000000Z

2021-07-29T07:00:00.0000000Z

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