Taxas elevadas de colesterol, em especial o LDL – sigla em inglês para lipoproteína de baixa densidade –, o chamado colesterol ruim, são o principal fator de risco por trás dos índices de mortalidade por problemas cardiovasculares.1

A questão é que essa gordura vai se depositando nas artérias ao longo do tempo, levando à formação de placas e aumentando o risco de insuficiência cardíaca, infarto e acidente vascular cerebral, o AVC.

Para prevenção e controle, é fundamental medir regularmente, em exames de sangue, os níveis de colesterol. Diante de níveis acima do adequado, o cuidado se baseia em dieta equilibrada, exercícios físicos e medicamentos. “Nos últimos 15 anos começaram a se desenvolver novas terapias, além das conhecidas estatinas, que reduzem de forma significativa o colesterol e com isso diminuem de 15% a 20% o risco de problemas cardíacos”, diz Raul Santos, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e presidente da Sociedade Internacional de Aterosclerose.

MAIS ATENÇÃO E INFORMAÇÃO

“A população desconhece os riscos do colesterol alto”, lamenta Marlene Oliveira, presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida.

Para Marlene, é preciso investir para melhorar o atendimento na atenção primária. Nas Unidades Básicas de Saúde, o médico de família deve estar preparado para abordar temas como prevenção e a importância de ter um estilo de vida saudável. “Se a pessoa chega com colesterol alto, precisa ser monitorada e orientada sobre os tratamentos mais adequados e os riscos de abandonar a medicação por contra própria.”

O tema merece ser tratado em campanhas de esclarecimentos permanentes, defende Marlene Oliveira. “O País precisa ter um olhar para a promoção da saúde. Só assim é possível gerir melhor os recursos para que, quando alguém precise de hospitalização e cuidados mais complexos, o sistema possa atender.”

No dia 3 de agosto, das 17h30 às 19h30, esse assunto será debatido por especialistas no Diálogos Estadão Think - Doenças Cardiovasculares: Precisamos Dizer Não ao Colesterol Alto. O evento online tem o patrocínio da Novartis e pode ser acompanhado pelas redes sociais do Estadão.