O Estado de S. Paulo

São Paulo ultrapassa a marca de 100 mil mortes.

Estado tem quase 3 milhões de casos confirmados; ocupação de UTI é de 78,5% e chega a 57,7% dos leitos de enfermaria

Priscila Mengue

O Estado de São Paulo ultrapassou a marca de 100 mil mortes por covid-19 neste sábado, 8. O registro ocorre em meio à preocupação de um novo recrudescimento da pandemia em todo o País.

Ao todo, são 100.649 óbitos e 2.997.282 casos confirmados do novo coronavírus no Estado, segundo informações da Secretaria Estadual da Saúde. Do total, 660 mortes, 13.100 casos e 2.483 internações foram registrados nas últimas 24 horas. A taxa de ocupação é de 78,5% em UTIs e de 57,7% em leitos de enfermaria.

Nos últimos três dias, o Estado apresenta aumento gradual da média móvel (calculada a partir dos dados registrados nos últimos sete dias) de internações, com 2.254 hospitalizações diárias no balanço deste sábado. A taxa é quase três vezes maior do que a do início de novembro, com 840 internações. No auge da pandemia, no fim de março, a média chegou a 3.399 hospitalizações.

Em queda, a média móvel de óbitos foi de 529 neste sábado. Em novembro, eram cerca de 85 mortes por dia. O mesmo se repete entre os casos, com média móvel de 11.320 também neste sábado.

Os dez municípios paulistas que mais registraram óbitos por covid-19 são: São Paulo (28.309), Guarulhos (3.652), Campinas (3.129), São Bernardo do Campo (2.375), Santo André (2.162), São José do Rio Preto (1.992), Ribeirão Preto (1.935), Osasco (1.858), Sorocaba (1.709), Santos (1.558).

Fase de transição. Na última sexta-feira, o governo João Doria (PSDB) anunciou a prorrogação da chamada “fase de transição” do Plano São Paulo até 23 de maio. O horário de funcionamento dos estabelecimentos, porém, foi ampliado para até as 21 horas e a capacidade de lotação dos espaços físicos também aumentou – para 30%. As medidas começaram a valer sábado.

O Estado de São Paulo está desde 18 de abril na fase de transição, mais permissiva que a vermelha e com poucas restrições a mais do que as experimentadas na fase laranja. A nova flexibilização também alterou o toque de recolher, que passou a valer das 21 às 5 horas.

Recursos médicos. Um dia antes do atingimento da marca de 100 mil mortes, na sexta-feira, o Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (Cosems-SP) mostrou que a escassez do “kit intubação” continua na maior parte dos serviços de saúde. Segundo o balanço, o atual estoque de bloqueadores neuromusculares só deve durar no máximo uma semana em 62% das unidades. Já para os sedativos, a mesma situação é observada em 57,3% dos casos.

Esses medicamentos são utilizados para sedação e anestesia de pacientes graves com covid19, garantindo que a pessoa seja intubada sem sentir dor ou tentar arrancar o tubo em reação involuntária. Em abril, o Ministério Público Federal em São Paulo chegou a acionar a Justiça para garantir a reposição de remédios.

Balanço nacional. O Brasil ultrapassou a marca das 420 mil mortes por covid neste sábado, 8. Em 24 horas, foram registrados 2.091 óbitos e 63.268 casos do novo coronavírus em todo o País. A média móvel, calculada com os dados dos últimos sete dias, teve queda de 16% nos óbitos em relação à anterior, a terceira em sequência, com 2.131 novas vítimas. Apesar do decréscimo, os números seguem em patamares altos, sendo o dobro dos registros da semana de 20 de fevereiro (1.051) e seis vezes mais altos do que na primeira semana de novembro (341).

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