O Estado de S. Paulo

A dupla jornada das mães jornalistas com a crise da covid-19.

Carolina Ercolin Apresentadora / Rádio Eldorado

A falta que meus filhos sentem do convívio com os amigos na escola pode ser representada por um episódio recente. Ambos pularam da cama e se puseram milagrosamente prontos ao lado da porta. E lá foram eles, com dentes supostamente escovados, remelas nos olhos e um sorriso aliviado. Tentei organizar encontros virtuais para Benício, de 8 anos, e Bernardo, de 6, mas a dupla é do tipo analógica: não encontra sentido no contato via telas. Não consigo abandonar a ideia de mãe equilibrista nesta pandemia, correndo de um lado para o outro, tentando acolher as crias, e as angústias dos mais velhos e as contradições que vêm no combo. No 2.º Dia das Mães com a covid entre nós, daria tudo para aglomerar, com direito a bracinhos vacinados e filhos me puxando os pés.

Metrópole

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2021-05-09T07:00:00.0000000Z

2021-05-09T07:00:00.0000000Z

https://digital.estadao.com.br/article/281943135758754

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