O Estado de S. Paulo

‘Maternidade real se impôs’

Adriana Ferraz Repórter de Política

Quando a pandemia começou, meu filho Henrique tinha 4 anos e uma agenda de adulto, com cinco horas diárias na escola mais três de terapias. Ele é autista, e manter uma rotina organizada é parte do tratamento. A covid levou tudo isso embora. De repente ele ficou preso em casa, sem atividades programadas e sem babá. Para mim, foi um choque de realidade. A maternidade real se impôs. Preparar o almoço durante uma entrevista ou reunião de pauta era tão corriqueiro como queimar o arroz ou fazer uma minifaxina naquele momento mais tranquilo do dia, quando nenhuma crise política se apresenta. Mas toda mãe sabe que a bagunça de uma casa não tem a menor importância diante do bem-estar de um filho. Hoje, Henrique voltou para a escola. A rotina começa a ser refeita.

Metrópole

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2021-05-09T07:00:00.0000000Z

2021-05-09T07:00:00.0000000Z

https://digital.estadao.com.br/article/281921660922274

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