O Estado de S. Paulo

BTG prevê financiar R$ 5 bi em infraestrutura na AL

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OBTG Pactual está intensificando a atividade de seu braço de project finance na América Latina e analisando 10 projetos de infraestrutura, com potencial de financiamento de R$ 5 bilhões até o fim deste ano. A maioria desses projetos está no Brasil, no Chile e na Colômbia, embora o banco tenha atuado em empreendimentos também no México e Peru. O BTG Pactual participou, por exemplo, como financiador de um dos consórcios vencedores do emblemático leilão de concessão de parte dos serviços de água e esgoto da Cedae, a companhia de saneamento do Estado do Rio de Janeiro, que movimentou mais de R$ 22 bilhões no fim de abril. Na Colômbia, participou de projeto de corredor rodoviário e no Chile, do projeto da usina termossolar, no Deserto do Atacama.

» Social bonds. O banco estruturou na Colômbia a emissão de 760 milhões de pesos colombianos em bonds com compromisso social do projeto Puerta de Hierro, da concessionária Sacyr, corredor rodoviário de 198 quilômetros que liga portos às principais cidades do Caribe colombiano. O título de dívida foi emitido para pagar um empréstimoponte feito pela concessionária de US$ 185 milhões, dos quais o BTG Pactual teve participação.

» Solar. O BTG participou do projeto da primeira usina termossolar da América Latina, a Cerro Dominador, recém-inaugurada no Chile. A Usina usa tecnologia para armazenar o calor produzido durante o dia para gerar energia também à noite. Está no projeto desde o início, em 2014, e destinou mais de US$ 300 milhões entre empréstimo ponte e empréstimo de longo prazo.

» Experimento. Destaque no prospecto da oferta inicial de ações que pode avaliar a chinesa Didi Chuxing em até US$ 100 bilhões em Nova York, o Brasil fornece alguns dos números mais chamativos da dona da 99. Um deles é em pagamentos: a empresa diz ter emitido 2 milhões de cartões de crédito virtuais no País até março, uma espécie de “laboratório” para digitalizar o dinheiro de seus motoristas pelo mundo. » Sem verdinhas. A Didi criou o cartão após esbarrar na mesma realidade que fez o Nubank chamar a atenção do megainvestidor Warren Buffett: muitos brasileiros não têm conta em banco. Para os motoristas da 99, isso significava dificuldade de receber parte das corridas; com o cartão, o pagamento é imediato. A Didi fez do limão uma limonada: hoje, o 99 tem inclusive uma carteira digital para chamar de sua.

» Entrada. A fintech Credihome está ampliando a atuação no mercado imobiliário. Além de emprestar dinheiro para pessoas físicas adquirirem moradias, vai oferecer financiamentos para as empresas construírem empreendimentos. A nova área visa ocupar um espaço que não é totalmente preenchido pelos bancos, o da oferta de crédito para incorporadoras e loteadoras de médio e pequeno porte no interior do País.

» Animada. O novo segmento parece promissor: desde o fim do ano passado, quando começou a funcionar em fase piloto, a Credihome diz já ter recebido cerca de 300 consultas e acaba de concluir o financiamento do primeiro empreendimento, de R$ 62 milhões.

» Fermento. A previsão é de emprestar mais R$ 426 milhões, em 50 operações. O novo negócio vai engrossar a carteira da companhia, que, entre janeiro e maio, originou R$ 859,5 milhões em crédito imobiliário. O valor equivale a 72% do volume apurado em 2020, de R$ 1,2 bilhão.

» Química. Na pandemia, até a indicação de bebidas por bartenders vai migrar para o digital - e virar negócio. O comércio eletrônico Gin Flavors abre, na segunda-feira, 14, uma plataforma para os cerca de 20 mil profissionais do setor criarem lojas virtuais próprias, nas quais poderão indicar rótulos. A remuneração se dará por comissões sobre as vendas.

» Fora do balcão. A ideia é proporcionar renda extra à categoria. A iniciativa tem a parceria da Bacardi, que vai aumentar as comissões para alguns de seus produtos e oferecer treinamento e acesso antecipado a itens de lançamento.

» Bebo sim. Com um clube de assinaturas e a formação de um conselho com executivos com passagens por Google e B2W, a startup finaliza diligências para uma nova rodada de aportes com investidores. A meta é alcançar um faturamento de R$ 100 milhões até 2027.

Economia

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2021-06-13T07:00:00.0000000Z

2021-06-13T07:00:00.0000000Z

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